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Gestão Pessoal

Planejamento de curto prazo

Ano novo, planos novos!

Geralmente é assim que muitas pessoas pensam e agem a cada virada de ano. Essa passagem festiva gera a capacidade nas pessoas de renovar as esperanças, traçar novas metas, focar nos objetivos, recarregar as baterias e entrar motivado no ano que inicia.

O que faz muitas pessoas desistirem ou não cumprirem, ao longo do ano, as metas e objetivos traçados é justamente a falta de planejamento. Estudar um idioma, fazer aquele curso de especialização, conhecer uma cidade nova, voltar para academia ou estar mais presente com familia e amigos, são desejos comuns e que deveriam ser facilmente cumpridos, metas facilmente alcançadas. Mas, na prática, nem sempre isso ocorre.

Imagem: luzpropria.com.br

Há pessoas que pensam que ‘planejamento’ servem apenas para empresas ou pessoas que detêm grandes somas de dinheiro. Essa é uma visão ultrapassada, pois todos devemos ter nosso planejamento bem definido, para seguirmos a risca ou com o mínimo de variações possíveis. E o planejamento não deve ser executado apenas em janeiro. Se você não tem um planejamento, o momento para executa-lo é o mais rápido possível. O planejamento pode ser revisto de tempos e tempos ou a cada acontecimento impactante, como uma mudança de emprego.

Como dica, a análise importante que deve ser feita é determinar, dentre suas metas, itens que sejam de seu interesse pessoal para lazer e diversão, e itens que irão agregar em sua carreira e crescimento pessoal/ profissional, como estudar outro idioma (que possibilita crescimento na carreira e tranquilidade em viagens internacionais).

Então, o que você gostaria de fazer esse ano? Quais são seus objetivos para ter um ano de realizações? Pegue uma caneta e um papel, pois vamos descrevê-los aleatoriamente cada coisa que vá fazer com que você se sinta mais realizado, motivado, feliz e satisfeito. Descreva todos esse objetivos, seja ele ‘andar de bicicleta no parque’ até ‘iniciar meu MBA’, sem pudor algum. O importante é que, como estamos falando de curto prazo, você descreva elementos tangíveis, para que seu planejamento não seja algo frustrante.

Com a lista em mãos, você precisa analizar, superficialmente, o tempo e o custo de cada item, para que você possa fazer o seu planejamento analizando duas etapas: O plano financeiro e a gestão do tempo. Esse é um momento delicado, pois quando você decide fazer um curso de alemão toda terça e quinta, tem que abrir mão do jogo do seu time de coração nas quintas-feiras. A decisão de conhecer o México nas férias de Outubro, requer uma economia de 10% da sua renda pelos próximos 10 meses. Esse é o tipo de comprometimento que é firmado consigo mesmo e que, se bem planejado e executado, não é decepcionante.

Os itens que serão executados durante o ano, devem ser escolhidos com base no impacto pessoal/profissional (viagens e lazer devem ser muito considerados), no valor e no tempo desprendido. Esse tripé deve ser analisado por você ou sua família, caso sua renda e tempo comprometa a vida de outras pessoas. Lembre-se de que sua renda é comprometida com gastos fixos, como aluguéis, prestações de casa/ carro, seguro, faculdade, telefone, plano de saúde, entre outros. São gastos que mantem o valor fixo (ou próximo disso) e se manterão após o ano corrente. São os ‘gastos fundamentais’ para sua vida, mas devem ser reavaliados, pois a mudança do seu plano de saúde, telefone, TV à cabo ou internet poderá poupar um dinheiro interessante e que estava sendo mal utilizado.

Imagem: novarenda.com.br

Uma pequena reserva financeira deve ser criada, para eventuais urgencias, como problemas de saúde, demissão, mas também para uma meta futura. O valor determinado dessa reserva é feito com base no estilo de vida de cada pessoa, mas sempre se sugere algo em torno de 10% de toda composição de sua renda. Se não for possível começar com 10%, comece com menos e coloque como meta aumentar gradativamente esse valor. Crie essa reserva com um propósito para ser usada, também, num médio ou longo prazo, para um objetivo maior, como trocar de carro ou compra de um apartamento. Poupar dinheiro apenas pensando que “algo pode acontecer” é frustrante e não deve ser levado em conta.

O que não é reserva financeira e nem custo fixo, é o valor que você irá dividir entre suas metas pessoais e estilo de vida. Aquele vôo livre de páraquedas, a bicicleta nova para pedalar aos domingos, o curso de férias na Argentina e o cinema todo sábado a noite, devem fazer parte desse custo variável na sua renda. Perceba que esse custo variável é exatamente o ponto mais delicado também na sua agenda de compromissos. Se bem planejado e executado, haverá mais happy hours com amigos às sextas feiras, mais jantares aos sábados, mais almoços com a familia de domingo e mais tempo livre com dinheiro para você nesses intervalos.

O comprometimento com o seu planejamento que é primordial. Alterações podem ser feitas ao longo dos meses, mas se você decide mudar radicalmente, algo está errado: Ou a definição de metas não foi bem realizada no começo, ou falta um pouco de policiamento e força de vontade.

Pense nisso! Você só tem a ganhar…

Recomendação de leitura: Livro “Mais tempo, Mais dinheiro” Gustavo Cerbasi e Christian Triad

Boa semana a todos!

Por Celso Santos

@Cel_Ss

Dúvidas e perguntas: celsosantosjr@gmail.com

 

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